Ontem (dia 1º de dezembro) rolou a primeira reunião do
projeto Rutas 2014. Eu (Rodrigo Barbosa) e o Líder do grupo (Rogério Mirarchi)
fomos até São Luiz do Paraitinga para encontrar com o Eric Oliveira.
Combinamos de transcrever os assuntos discutidos na reunião
para os outros integrantes do projeto que não puderam estar presentes. (Gilmar,
Marcelo e Fabio).
Bom...vamos do mais importante pro menos importante.
1 - Precisamos decidir o que fazer em relação à data da
partida. Sábado dia 1º de Março é Sabado de Carnaval e portanto as estradas vão
estar muito cheias. Isso deverá ser um problema especialmente na Castelo até a
saída pra Sorocaba e Itu. A opção seria sairmos bem cedinho.
Outra opção que consideramos seria sair na sexta no meio da
tarde para tentar “adiantar” uns 300 ou 400km da primeira perna da viagem até
Foz pra não ficar tão puxado o primeiro dia. Essa abordagem tem uma vantagem
adicional que seria a possibilidade de passarmos direto por Foz no sábado e
irmos pernoitar já na Argentina, o que eliminaria a dificuldade de encontrar
hotel em Foz em pleno carnaval e nós já estaríamos livres logo do movimento e
da bagunça do carnaval. Um problema com essa opção é que sexta a tarde a
Castelo já deve estar um inferno e com as malas laterais passar no corredor
fica bem mais complicado.
2 – Pneus. O Rogério e o Eric já estão precisando de pneus e
debatemos bastante qual tipo de pneu seria ideal para a viagem. Os pneus mais
Off (tipo Karoo3, Mitas e etc.) tem a vantagem de serem mais seguros nos
trechos de ripio, mas por outro lado são menos seguros no asfalto, menos
confortáveis e gastam muito rápido. Nossa esperança era que o Anakee3 estivesse
com uma durabilidade maior pois é um lançamento que veio com essa promessa,
entretanto uma pesquisada em fóruns gringos mostrou uma vida de no max 5000km,
o que praticamente os desqualifica para o tipo de aventura que estamos
planejando. Eu e o Marcelo estamos com as motos novas e portanto com pneus
novos e se for para ir com pneus mais On do que Off não precisaremos trocar. Esse
assunto ainda precisa evoluir....
3 – Equipamentos. O Rogério nos informou que no nosso
roteiro deveremos encontrar temperaturas variando entre 0 e 40 graus, o que
torna a escolha de equipamento bem complicada. Para os dias de calor uma roupa
de verão (jaqueta e calça ventilados do tipo mesh) são ideais. O problema é que
nos trechos da viagem com mais altitude a temperatura irá cair muito, fazendo
necessário uso de várias camadas de roupa. Como fica impraticável levar dois
conjuntos de cordura concluímos que o ideal é uma roupa do estilo touring que
conte com ventilação mas que possua também forro impermeável e forro térmico,
assim nos dias frios uma boa segunda pele e mais a jaqueta com todos os forros
deve dar conta.
Além disso, nesses dias frios, é necessário levar uma meia
bem quente, balaclava e luva 2ª pele pra usar por sob a luva de inverno. (quem
tiver manopla aquecida não precisa se preocupar tanto).
Se puderem também dispor de uma luva de verão ventilada e
outra de inverno mais quente e impermeável é ideal (procurem as de goretex que
são impermeáveis e permitem que a pele respire)
Quanto às botas é interessante que elas sejam Tb impermeáveis
mas mesmo assim é aconselhável levar polainas impermeáveis pois mesmo as botas
de goretex se ficarem o dia todo submetidas a chuva forte uma hora começam a
vazar. Eu estou procurando alguma do estilo touring mas com uma pegada mais offroad
pois a maioria que encontramos são muito estradeiras com a sola completamente
lisa.
4 – Chave reserva. Cada viajante deve levar sua chave
reserva e encontrar um lugar na moto onde possa fixá-la de forma firme e
escondida.
5 – Devemos considerar Tb a necessidade de levarmos fusíveis
e lâmpadas reserva para caso de queima no caminho. Os fusíveis são universais
então me propus a comprar um sortimento lá na General e levar pra todo mundo.
Temos que ver Tb a questão de ferramentas, pois não adianta cada um levar um
monte de ferramenta repetida... o básico é bom cada um ter o seu (kit original
da moto) mas alguma coisa mais pesada e maior podemos levar para o grupo todo.
6 – Achamos legal fazer, nesses próximos meses, pelo menos
uma viagem curta tipo bate e volta na casa dos 600km para irmos testando
equipamentos, nos conhecendo e acostumando com o estilo de tocada de cada um. O
Rogério tem uma tocada bem tranquila e bastante responsável. Isso é ótimo pois
a viagem é longa e uma imprudência boba pode botar o projeto todo a perder. A ideia
é rodar na casa dos 120 ou 130 km/h no máximo. Assim aumentamos a segurança e diminuímos
o consumo das motos. Devemos lembrar que no tipo de viagem que estamos fazendo
a chegada nos destinos em si é tão importante quanto o deslocamento (se não
fosse assim estaríamos indo de avião né? Kkk) então vamos curtir a estrada
tranquilamente.
7 – Surgiu hoje um debate em relação ao roteiro. O Marcelo
sugeriu que os trechos de ripio fossem diminuídos (acredito que em função da
questão dos pneus). Ontem conversamos sobre esses deslocamentos e achamos que
não será problema fazê-los mesmo com os pneus originais das Tiger. A ideia é
fazer esses deslocamentos na velocidade que nos for confortável, mesmo que isso
signifique rodar a 30 ou 40 km/h. Estamos levando uma bomba portátil elétrica
pra que possamos baixar a pressão dos pneus antes de entrar no ripio e voltar à
calibragem de estrada depois. Minha posição pessoal é de que o Rogério sabe
onde esta nos metendo e, estando ciente que alguns de nós são totalmente inexperientes,
não ia nos propor um desafio maior do que podemos encarar. Além disso, acho que
podemos primeiro conhecer o tamanho do desafio, e depois, se realmente
nos sentirmos desconfortáveis, debater se mantemos ou não os outros trechos de
terra no roteiro. Esse assunto ainda precisa evoluir....
Bom pessoal... De início acho que é isso. Ainda temos
bastante tempo de preparativos e acho que devemos nos encontrar o maior numero
de vezes possível pra apararmos todas as arestas, e trocarmos mais informação.
E dá-lhe Projeto Rutas 2014!